Existem, basicamente, três grandes áreas de concurso público, cada uma com suas especificidades. A primeira preocupação do futuro candidato é definir em qual delas vai concentrar seus esforços. Essa decisão deve levar em consideração alguns fatores que pretendemos enfocar aqui. Inicialmente convém perceber quais são e suas singularidades.
A área jurídica compreende os concursos que exigem como pré-requisito o bacharelado em Direito. As provas podem ter diversas formatações, desde questões objetivas (do tipo múltipla escolha) passando pelas dissertativas e, até, em certos concursos, exigindo técnicas específicas nas argüições orais. São exemplos de concursos desta área: as procuradorias, as defensorias, as magistraturas, as advocacias públicas, as de delegado de polícia, etc.
Já como área fiscal se entende todos os concursos para órgãos públicos de fiscalização do Executivo, onde os cargos têm como pré-requisito a conclusão de qualquer curso superior reconhecido pelo Ministério da Educação. As provas, nesse caso, são quase sempre compostas por questões objetivas, onde o candidato deve selecionar uma das opções como sendo a correta ou, em outros casos, assinalar se assertiva é verdadeira (V) ou falsa (F). Como exemplos de concursos desta área temos os cargos de analista de finanças e controle, de auditor da receita federal, de analista de comércio exterior, entre vários outros.
A área técnica corresponde a todos os concursos que não se encaixam nas duas áreas anteriores, alguns exigindo curso superior, outros não. As provas, geralmente, seguem o padrão da área fiscal, exigindo mais do candidato um esforço de memorização do que propriamente um conhecimento mais aprofundado das matérias que as compõem. São exemplos os concursos para analistas e técnicos dos tribunais, para os cargos técnicos dos bancos públicos (Banco do Brasil, BNDES, Caixa Econômica Federal), para os cargos administrativos e de investigação das polícias, entre muitos outros.
Satisfeitas tais considerações preliminares, convém, agora, perceber que é imprescindível fidelidade ao foco selecionado pelo candidato. Uma vez definido, certamente surgirão “tentações” de todos os matizes induzindo à prática aleatória de concursos. A experiência, no entanto, demonstra o quão improducente é transformar o já árduo processo de preparação em uma aventura irresponsável. O estilo “franco-atirador” está definitivamente fora de moda.
Acrescente-se a isso o fato de que cada uma dessas áreas exige uma forma de adestramento específico, o que vai exigir do candidato uma visão quase enciclopédica de diversas ciências (área fiscal), ou um aprofundamento doutrinário e jurisprudencial em uma única (área jurídica). Mesmo o enfoque de algumas disciplinas muda radicalmente, por exemplo, estudar direito processual civil para o concurso de técnico do Tribunal Regional Federal é completamente diferente de estudar a mesma disciplina para o cargo de procurador da república.
Escolher com cuidado extremo e manter-se no foco sem deixar nada turvar sua determinação é a pedra de toque de qualquer planejamento bem sucedido. Portanto, caro leitor, como em tudo na vida, o processo de seleção através de concurso público exige fidelidade.
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