NOVA YORK (Reuters) - No que tange aos computadores pessoais, a nova leva de laptops de dimensões muito pequenas é muito satisfatória para os usuários. Leves, portáteis e poderosos, eles são quase perfeitos. Quase.
Mas como um barco a remo no meio do quintal ou um televisor em dia de blecaute, a maioria desses novos computadores sofre quando distante de um recurso importante. Mais especificamente, quando não dispõem de acesso de alta velocidade à Internet, eles deixam de representar uma versão de bolso da potência da tecnologia e se transformam em caros blocos de anotações.
A idéia do nicho dos "netbooks" que vem se desenvolvendo no mercado é que os consumidores em trânsito utilizam seus computadores principalmente para email, escrever documentos e planilhas e navegar pela Web. E, quando estão online, eles têm acesso a arquivos importantes, podem conversar com amigos, usar sites de redes sociais como o Facebook ou serviços de música como o Pandora.
Isso é excelente --se você contar com uma conexão de banda larga acessível, como uma rede de WiFi caseira, um campus universitário dotado de WiFi ou uma área coberta por rede sem fio WiMax, uma tecnologia de transmissão de dados em alta velocidade que pode cobrir cidades inteiras.
Mas o quadro muda de figura quando as máquinas estão longe da Internet sem fio.
"Estou convencido de que essa categoria de produtos vai se expandir muito quando o WiMax estiver desenvolvido", disse Rob Enderle, principal analista do Enderle Group. "Elas dependem de uma conexão permanente. Como aparelhos sem conexão, excetuado o email e o processamento de textos, eles não são muito interessantes."
"São produtos mais voltados ao futuro do que ao presente", acrescentou.
Ao excluir recursos de edição de vídeo, capacidade de executar DVDs ou jogos de computador de alta potência, os usuários desses aparelhos deixam de precisar de chips de alta velocidade ou de imensa capacidade de memória em disco rígido, e evitam os custos adicionais que isso envolve.
O mais recente produto do gênero é o Inspiron Mini 9, da Dell, uma máquina de um quilo com tela de nove polegadas e cartão de Internet sem fio. Vendido por 349 dólares, ele se assemelha a rivais fabricados por Hewlett-Packard, Acer, Asus, Intel e outros dirigidos a jovens que preferem uma tela e teclado mais amplos, em lugar de usar os polegares para digitar em seus celulares inteligentes.
"Esta categoria pode potencialmente se tornar maior que a de laptops de hoje em dia", disse Enderle. "Se você acredita no modelo de computação em nuvem no futuro, este é o tipo de produto que leva a esse futuro." A expressão computação em nuvem refere-se a serviços hospedados remotamente em redes em vez de disponíveis localmente nos computadores dos usuários. Como estão hospedados em servidores remotos esses serviços podem ser acessados na "nuvem" da Web.
Fonte: G1
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