terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Gene pode explicar longevidade menor dos homens


Cientistas no Japão anunciaram ter identificado nos espermatozoides um gene que estaria ligado ao fato de os homens viverem menos que as mulheres.

Um estudo feito com ratos pela Universidade de Agricultura de Tóquio, publicado na publicação especializada Human Reproduction, concluiu que o gene existe nos dois sexos das cobaias, mas parecia ser ativo apenas nos machos.

Os pesquisadores analisaram ratos criados com material genético de duas mães e nenhum pai.

Os filhotes livres de qualquer material genético herdado de um macho viveram em média 30% mais do que ratos com uma herança genética normal.

Mamíferos

Esses filhotes eram menores e mais leves, mas tinham um sistema imunológico melhor.

Os pesquisadores acreditam que as conclusões do estudo podem ser aplicadas em todos os mamíferos, inclusive no homem.

"Já sabemos há algum tempo que as mulheres tendem a viver mais que os homens em quase todos os países do mundo, e que essa diferença de longevidade também ocorre em muitas outras espécies de mamíferos", afirmou Tomohiro Kono, um dos autores do estudo.

"Entretanto, a razão para esta diferença ainda não era conhecida e, particularmente, não se sabia se a longevidade dos mamíferos era controlada pela composição genética de apenas um ou dos dois pais."

"Nossos resultados sugerem diferenças na longevidade sendo originadas no nível do genoma, implicando que o genoma do espermatozoide tem um efeito prejudicial na longevidade dos mamíferos", afirmou o especialista.

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