Nem os pacientes, nem os médicos, sabiam quem estava recebendo placebo ou o Ginkgo. É o maior e mais longo estudo realizado sobre o Gingko biloba, uma planta muito usada na medicina chinesa. Mas os pesquisadores só avaliaram os efeitos da planta sobre a memória e atividade mental.
O resultado publicado nesta terça-feira (29) no periódico da Associação Americana de Medicina mostra que o suplemento não teve nenhuma eficácia. O médico Steven Dekosky, da Universidade da Virginia, que comandou a pesquisa, ficou decepcionado porque o objetivo era provar os efeitos benéficos do Ginkgo. Mas a conclusão é que ele não apresenta nenhum benefício.
O doutor Dekosky ressalva que os pesquisadores não encontraram nenhum efeito adverso da substância, que pode ser tomada sem problemas.
Nos Estados Unidos, as empresas que vendem Ginkgo biloba, com a promessa de que o suplemento ajuda a ativar a memória, faturam por ano US$ 250 milhões. Um dos fabricantes, ao saber que o novo estudo não encontrou nenhum efeito, sugeriu que os interessados aguardem o resultado de outra pesquisa, que está sendo realizada na França, antes de abandonarem o Ginkgo biloba.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) disse que o Ginkgo biloba é registrado no Brasil como medicamento fitoterápico e que é usado no tratamento de vertigens e zumbidos provocados por problemas circulatórios ou por insuficiência vascular cerebral. Segundo a agência, não existe nenhum questionamento, aqui no Brasil, sobre a eficácia do produto.
Fonte : G1
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