Na feira de telefonia móvel que acontece em Barcelona na próxima semana será possível encontrar um programa de software que mede a que altura se pode jogar um smartphone Nokia, o que é uma boa metáfora sobre o esforço da empresa de elevar seu jogo.
Mas a gravidade talvez não favoreça a maior fabricante mundial de celulares, à medida que o foco do setor, que movimenta US$ 169 bilhões anuais, é transferida ao software e serviços, tendência que beneficia concorrentes ágeis como Apple, fabricante do iPhone, e Google.
Pela primeira vez, a Nokia optou por não participar do Mobile World Congress, este ano, assim como a Apple, que rejeita as convenções setoriais em troca de eventos próprios, cuidadosamente coreografados.
A Nokia será a anfitriã de algumas reuniões em local próximo ao evento, mas ao que se sabe não tem qualquer lançamento novo planejado.
Ao mesmo tempo, a feira está repleta de novos celulares equipados com a plataforma Android, do Google.
Os outros grandes nomes do setor, Microsoft, Samsung e Sony Ericsson, também vêm enfrentando dificuldade diante do ritmo imposto por Apple e Google, desde que o iPhone conquistou o mundo, em 2007.
A Nokia parece ser uma das empresas mais bem posicionadas para enfrentar a situação, graças ao seu sistema operacional próprio, ao investimento em serviços e aos grandes benefícios que a escala de sua produção oferece, mas a Apple já lucra mais que a Nokia com seus celulares.
Tentando reproduzir o sucesso da Apple na venda de softwares para celulares em sua App Store, Nokia, Microsoft e outros abriram lojas online, mas sem encontrar muito sucesso.
"Todo mundo está enfrentando problemas. Existe muito exagero na divulgação mas não muito dinheiro," disse Dana Porter, vice-presidente de estratégia na Amdocs, uma produtora de software para cobrança de contas telefônicas e gestão de clientes.
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