O estudo, que leva em conta a magnitude do terremoto de 12 de janeiro, o número de mortes e o Produto Interno Bruto (PIB) per capita do Haiti, aumenta as estimativas anteriores de danos para entre 8 bilhões de dólares e 14 bilhões de dólares.
Os economistas do banco disseram que o terremoto no Haiti foi especialmente destrutivo quando comparado à população do país caribenho de quase 10 milhões de habitantes e à já debilitada economia.
O abalo sísmico também atingiu a capital Porto Príncipe, que é o centro comercial, governamental e de comunicações do país, destruindo ou danificando o Palácio Presidencial, a catedral nacional, igrejas e edifícios governamentais.
No estudo do Bid, os economistas Andrew Powell, Eduardo Cavallo e Oscar Becerra calcularam em 8,1 bilhões de dólares os danos no evento.Mas eles disseram que esse número pode estar no patamar mínimo e concluíram que aproximadamente 13,9 bilhões seja um número teto para as perdas no país.
O estudo da entidade mostrou ainda que o governo haitiano registrou 230 mil mortos até 10 de fevereiro.
"Embora os resultados estejam sujeitos a muitas ressalvas, o estudo confirma que o sismo haitiano é provavelmente o mais destrutivo dos desastres naturais nos tempos modernos, quando visto em relação ao tamanho da população do Haiti e sua economia", afirmaram os economistas. Eles acrescentaram que em relação a isso, o terremoto no Haiti foi muito mais destrutivo do que o tsunami na Indonésia, em 2004, cujos danos foram estimados em torno de 5 bilhões de dólares, de acordo com o estudo.
O desastre no Haiti também causou cinco vezes mais mortes por milhão de habitantes do que a segunda maior fatalidade natural, o terremoto de 1972 na Nicarágua, informou o estudo.
Mas um balanço detalhado do custo da reconstrução do Haiti ainda tem de ser feito, acrescentou o documento.
Da REUTERS
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