O porta-voz do Governo do Distrito Federal, Ugo Braga, anunciou, às 15h45 de hoje, que o delegado Onofre de Moraes pediu exoneração do cargo de diretor-geral da Polícia Civil. Segundo o porta-voz, o governador tomou ciência, hoje de manhã, do caso e se reuniu com Onofre e com o Secretario de Segurança Pública, Sandro Avelar.
Na ocasião,o delegado comunicou sua saída do cargo, que foi aceita por Agnelo. O governo ainda não escolheu o substituto de Onofre."O governador explicou que a medida se fez necessária para garantir a normalidade administrativa e funcional da Polícia Civil do DF. Ele designou o secretário de Segurança para conduzir o processo de substituição do delegado", disse Braga.
Na noite de quarta-feira (1º), o jornalista Edson Sombra divulgou um vídeo que compromete o ex-diretor. Nas imagens gravadas, com data de 16 de junho, o policial faz críticas ao governador Agnelo Queiroz. A publicação das cenas pelo blogueiro surge após denúncia feita pelo delator da Caixa de Pandora, o delegado aposentado Durval Barbosa, de que Onofre teria oferecido R$ 150 mil para que o jornalista deixasse de divulgar notícias negativas sobre o GDF.
Onofre negou as denúncias e disse que se tratava de retaliações de Sombra e Durval contra investigações promovidas pela Delegacia de Crimes Contra a Ordem Tributária. Em entrevista ao Correio, o delegado chegou a desafiar o jornalista a publicar os vídeos.
Ontem, a saída de Onofre do cargo foi defendida pelo presidente da Câmara Legislativa, Patrício (PT). O distrital disse que se o delegado não entregasse a função, ele iria ser convocado na Câmara Legislativa para prestar esclarecimentos. "Eu só saio daqui a mando do governador ou morto", disse Onofre, ontem, ao Correio
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