sábado, 28 de novembro de 2009

"Complete a bateria": baterias poderão ser reabastecidas com carga.

Pesquisadores alemães apresentaram o conceito de um novo tipo de bateria recarregável que poderá fazer toda a diferença para os carros elétricos.

Quando a carga da bateria fica muito baixa, o eletrólito descarregado pode simplesmente ser substituído [Imagem: Fraunhofer]

em um posto de reabastecimento por um novo fluido carregado - de forma tão fácil quanto encher o tanque de combustível.


Reabastecendo a bateria

As baterias de lítio oferecem hoje a melhor opção para alimentar os carros elétricos. Contudo, elas ainda pesam muito e demoram muito tempo para recarregar. E oferecem uma autonomia pequena, restringindo o uso dos veículos elétricos a percursos menores.

Os engenheiros do Instituto Fraunhofer acreditam ter encontrado uma solução promissora em um outro tipo de bateria, chamada bateria de fluxo redox - redox refere-se a uma reação de oxidação-redução.

"Estas baterias são baseadas em eletrólitos líquidos. Desta forma, elas podem ser recarregadas nos postos de abastecimento em poucos minutos - o eletrólito descarregado é simplesmente bombeado para fora e substituído por um fluido carregado," explica o engenheiro Jens Noack.

O fluido descarregado pode ser recarregado no próprio posto, sendo revendido a outro cliente. Os pesquisadores apontam ainda a possibilidade de fazer o recarregamento do fluidos utilizando energia solar ou a energia produzida por uma turbina de vento.

Baterias de fluxo redox

O princípio das baterias de fluxo redox não é novo - dois eletrólitos líquidos, contendo íons metálicos, fluem através de eletrodos porosos de grafite, separados por uma membrana que permite a passagem dos prótons. Durante esta troca de carga, uma corrente flui ao longo dos eletrodos, que pode então ser utilizada para alimentar qualquer dispositivo elétrico.

Estas baterias, até agora, apresentam a grande desvantagem de armazenar uma quantidade de energia significativamente menor do que as baterias de lítio. Equipado com baterias de fluxo redox tradicional, um veículo elétrico não teria uma autonomia muito maior do que 25 quilômetros.

Cinco vezes mais carga

O que os pesquisadores alemães conseguiram foi aumentar a densidade de carga das baterias redox em até cinco vezes, aproximando-se muito da autonomia oferecida pelas baterias de lítio instaladas nos carros elétricos e híbridos atuais, mas sem os inconvenientes destas.

A primeira célula da nova bateria já está pronta. Agora os engenheiros estão montando as diversas células para formar uma bateria. O próximo passo será otimizar o seu funcionamento, eventualmente aumentando ainda mais a capacidade de armazenamento de carga.

Por enquanto, como estão trabalhando apenas com protótipos da nova bateria, os veículos elétricos de teste são miniaturas, mas em escala precisa, com um décimo do tamanho e do peso de um veículo elétrico normal. Um veículo na escala de 1:5 já está em etapa final de preparação.

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