Falhas na rede elétrica deixaram mais de 300 milhões de pessoas sem energia por horas em Nova Délhi e na maior parte do norte da Índia na segunda-feira, no pior apagão em mais de uma década, destacando problemas de infraestrutura crônicas que atrasam a terceira maior economia da Ásia.
As luzes em Délhi e em sete Estados apagaram durante a madrugada, deixando trabalhadores da capital sufocando de calor durante a noite e, depois, presos em estações de metrô na hora do rush matinal.
O fornecimento de energia elétrica foi restaurado para Délhi e na maior parte de Uttar Pradesh, um Estado com mais pessoas do que o Brasil, por volta do meio dia no horário local (3h30 horário de Brasília). Mas os Estados de Rajastão, Punjab e Jammu e Caxemira ainda estavam sem energia elétrica total no início da noite.
O ministro de Energia, Sushilkumar Shinde, afirmou que a eletricidade seria restaurada por completo dentro de horas.
Escassez de energia e redes rodoviária e ferroviária antigas têm pesado sobre os esforços do país para se industrializar. Lidando com o mais lento crescimento econômico em nove anos, Délhi recentemente diminuiu sua meta para investir 1 trilhão de dólares em infraestrutura nos próximos cinco anos.
O caos reinava nas estradas sempre agitadas de Délhi na segunda-feira, conforme semáforos falharam e milhares de passageiros abandonaram o metrô. Estações de bombeamento de água secaram.
"Primeiro, nenhuma energia elétrica desde às duas da manhã, depois não há água para tomar um banho e agora o metrô está atrasado 13 minutos, depois de ter ficado preso no trânsito por meia hora", disse Keshav Shah, de 32 anos, que trabalha a 30 quilômetros de distância da capital.
"Como se já não fosse a temida segunda-feira o suficiente, isso tinha que acontecer."
O principal conselheiro do governo sobre planejamento econômico, Montek Singh Ahluwalia, disse que o apagão pode ter sido causado por uma combinação de escassez de carvão e outros problemas na rede.
Mas apagões que duram até oito horas por dia são frequentes na maior parte do país e provocaram protestos furiosos na periferia industrial de Nova Délhi neste verão, o mais quente dos últimos anos.
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