O policial militar é um assessor
O policial militar quase sempre está desempenhando alguma função que exige assessoria. Seja um subcomandante de unidade operacional, companhia ou batalhão, ao seu comandante; o auxiliar de uma seção administrativa ao seu chefe; o soldado menos antigo ao mais antigo quando em dupla de policiamento ostensivo; e mesmo o Subcomandante Geral ao Comandante Geral, e este, por sua vez, ao Governo do Estado, inteirando-o sobre as questões concernentes à segurança pública.
Trata-se de tarefa indispensável e complexa, independentemente do grau hierárquico a que pertence o PM. Em profissão como a policial militar, uma palavra de orientação, crítica, e até mesmo de incentivo, pode ser decisiva na preservação da vida própria ou alheia.
Podemos comparar o trabalho de assessoria policial militar ao papel do treinador de boxe durante os intervalos de um combate do seu lutador: há pouco tempo para dizer o que, técnica e emocionalmente, é necessário para que o aluno vença a luta. Sem a habilidade para a orientação adequada, o risco é vermos um nocaute ministrado pelo oponente.
Sim, para que haja conselho, é preciso que haja ouvidos aptos, um desafio que exige de nós uma segunda reflexão. Por enquanto, este é o questionamento: o que podemos incrementar no ambiente de trabalho através de uma simples orientação àquele que toma as decisões – na seção, no departamento, na viatura, no módulo etc? Atentar a isto é contribuir para a melhoria da Polícia Militar da Bahia, da segurança pública, da sociedade baiana...
Carlos Sebastião Eleutério - Cel PM Subcomandante Geral
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