quinta-feira, 5 de julho de 2012

CNI cai a 80,7% em maio

zrtn_005p2ab1df07_tn


Capacidade instalada da indústria cai a 80,7% em maio CNI


A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) na indústria brasileira caiu em maio para o pior nível desde setembro de 2009, mostrando que as fragilidades no setor devem continuar em meio a um cenário de crescimento ainda mais baixo.


A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nesta quinta-feira que o indicador recuou a 80,7 por cento em maio, contra 81,0 por cento por cento em abril, perdendo apenas para o dado de setembro de 2009, quando ficou em 80,6 por cento. Todos os dados são dessazonalizados.


A queda de maio é a quarta consecutiva, indicando que o setor opera com níveis de estoque acima do desejado por conta, entre outros, pela atividade econômica fraca. No mesmo mês do ano passado, a UCI -considerada um indicador de potenciais pressões inflacionárias- estava em 82,5 por cento.


"A queda no UCI mostra que a indústria está trabalhando com ociosidade crescente, corroborando dados que identificam nível de estoques além do desejado por um longo período que vem desde meados do ano passado", afirmou o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.


"Estoques elevados com baixo uso da capacidade refletem grau de desaquecimento da atividade industrial", acrescentou Castelo Branco classificando de "semestre perdido" a primeira metade de 2012 mesmo sem ainda a divulgação do dado de junho.


A lenta recuperação da indústria é vista também em outras variáveis dos Indicadores Industriais da CNI. O faturamento real caiu 0,4 por cento em maio sobre abril, para 124,9 pontos, o pior nível o desde fevereiro quando estava em 123,7 pontos.


As horas trabalhadas na produção recuaram 1,4 por cento, para 106,6 pontos, informou ainda a CNI.


O indicador de emprego ficou na contramão da tendência teve uma leve alta de 0,1 por cento, para 112,5 pontos. Todos os dados são dessazonalizados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário