quarta-feira, 6 de junho de 2012

JBS descumpre acordo socioambiental

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O JBS informou que o Greenpeace não enviou o relatório para o grupo, mas quando tiver o levantamento em mãos "ele será devidamente analisado e os pontos de divergência serão tecnicamente esclarecidos a todos".


Segundo o Greenpeace, o JBS vem desrespeitando cláusulas do documento firmado no qual se comprometia a não comprar mais animais criados em áreas desmatadas no Brasil. E aponta ainda outras possíveis irregularidades como compra de animais de terras indígenas e de áreas sob embargo.


Embora os executivos do JBS ainda não tenham recebido oficialmente o documento, a assessoria da companhia informou que teve conhecimento sobre o relatório. E afirma que em "análise prévia, foram constatadas uma série inconsistências nos dados apresentados pelo Greenpeace".


O coordenador da campanha Amazônia, André Muggiati, disse que o Greenpeace teve várias reuniões com o frigorífico para discutir o assunto. "Estamos conversando com o JBS desde que o compromisso foi firmado. Tivemos muitas reuniões e o JBS falha em apresentar uma auditoria consistente... foram sucessivas falhas", disse.


O relatório da organização não-governamental (ONG) indica que pelo menos seis companhias europeias consumidoras de derivados processados de carne bovina e de couro poderiam cancelar ou deixar de renovar contratos com o JBS.


Muggiati disse que o levantamento do Greenpeace concentrou-se em Mato Grosso, Estado com o maior rebanho no país e onde a ONG teve mais acesso a informações.


Contudo, ele declinou em dar mais detalhes sobre a fonte desses dados, destacou apenas que em outubro passado o Greenpeace já havia divulgado relatório semelhante. Na ocasião, segundo Muggiati, parte dos dados veio de relatório do Ministério Público Federal.


Questionado sobre a menção apenas ao JBS, Muggiati afirmou que outros dois grandes frigoríficos que também atuam no Estado não apresentaram irregularidades e conseguiram comprovar que compram animais de áreas que respeitam as regras socioambientais.


Ele citou o Marfrig com três unidades de abate no Estado e o Minerva, que embora conte com uma unidade em Tocantins compra animais de Mato Grosso. Já parte das 16 unidades do JBS no Estado estaria em situação irregular.

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