Vasco é campeão da Copa do Brasil

EQUIPE VASCAÍNA, DO ARTILHEIRO ALECSANDRO, COMEMORA TÍTULO INÉDITO E, DEPOIS DE 11 ANOS, VOLTA A DISPUTAR A TAÇA LIBERTADORES

Os vascaínos estão em festa. Uma festa inédita. O título da Copa do Brasil, que ficou preso na garganta do torcedor em 2006, na derrota para o Flamengo, aconteceu em 2011. A equipe perdeu a finalíssima por 3 a 2 para o Coritiba, no Couto Pereira, mas a vitória por 1 a 0 em São Januário garantiu a conquista. O atacante Alecsandro, que tinha sido decisivo no primeiro jogo, marcou mais um – o primeiro do jogo – e garantiu a artilharia da competição com 5 gols.

O Vasco, que entrou em campo buscando o contra-ataque, conseguiu o que buscava aos 11 minutos do primeiro tempo em uma pintura de lance. Diego Souza lançou Eder Luis na direita. Ele foi à linha de fundo, olhou para a área e viu Alecsandro sozinho entre cinco coritibanos. A bola encontrou o artilheiro, que só empurrou para as redes. O Coritiba, que até ali estava bem na partida, entrou em pânico. Mas o Vasco, ao invés de aproveitar, recuou. E o time da casa foi ganhando novamente a confiaça. Aos 28, Bill completou de cabeça em uma bobeira da zaga vascaína. E, aos 44, Davi pegou o rebote de uma ótima defesa de Fernando Prass e, com um chutaço, virou a partida: 2 a 1. O final do primeiro tempo parecia indicar que a nau vascaína afundaria no segundo tempo.

Quem apostou nisso não imaginava a garra que os jogadores do Vasco colocariam no segundo tempo. A equipe parecia não ver limite de esforço. Corria de um lado para o outro, marcava muito e, quando dava, arriscava um ataque. As divididas era duras, o Coritiba estava nervoso. E, como no primeiro tempo, o Vasco foi às redes. Aos 12 minutos, Eder Luis arriscou um chute que, com a curva, enganou Edson Bastos: a bola foi no meio do gol, mas o goleiro se jogou no canto direito.

O empate por 2 a 2 colocava os vascaínos muito próximos da conquista inédita. Mas a finalíssima não lembrava em nada o primeiro jogo entre as equipes: sonolento e com poucas oportunidades. Aos 21, Willian acertou um chute inacreditável da intremediária no ângulo esquerdo de Fernando Prass. O 3 a 2 colocava fogo na gelada Curitiba (10 graus). A partir daí, o Coritiba encurralou os vascaínos, que se defendia como podia. Prass chegou a soltar uma bola nos pés de Bill, mas se recuperou e dividiu com o atacante coritibano. O título estava nas mãos do Vasco. E Roberto Dinamite, enfim, podia comemorar a primeira conquista de sua presidência. Ele subsistiu o dirigente-eterno Eurico Miranda e teve que arrumar um clube falido, endividado e sem confiança. Teve que enfrentar uma temporada na segunda divisão do Brasileirão para se reerguer.

Agora não tem mais que ficar na sombra de um passado negro para o Vasco. É olhar para frente, principalmente a Libertadores 2012.