quarta-feira, 1 de junho de 2011

Especialista português recomenda o uso de auricular a quem utiliza muito o telemóvel



O especialista em saúde pública Mário Durval admitiu hoje que o uso de telemóveis pode potenciar o desenvolvimento de cancro por ser utilizado junto ao cérebro e a radiação afectar sempre a mesma área da cabeça. Por isso, recomenda a utilização de auricular "que diminui o problema para quem usa muito o telemóvel, já que passa as ondas de rádio para ondas sonoras". 



O especialista da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública considera que há uma nova "preocupação para quem utiliza muito o telemóvel" porque, a partir de um certo limiar de utilização, "as pessoas podem ter cancro".


"Radiações temos em todo o lado", afirmou à agência Lusa, sublinhando que "o que acontece com o telemóvel é que a radiação é mesmo emitida junto ao cérebro, (sendo) mais fácil a penetração, e está sempre dirigida ao mesmo local"

Apesar de ainda não conhecer as conclusões da agência de investigação do cancro da Organização Mundial de Saúde (OMS), que avançou terça-feira que o uso de telemóveis deve ser considerado como "possivelmente cancerígeno para os seres humanos", Mário Durval não ficou surpreendido.

"É como todas as situações de inter-regulação entre o homem e o ambiente. Depende do estímulo e há pessoas que reagem de uma forma e outras de outra", disse.

Segundo o presidente da agência de investigação do cancro da OMS, Jonathan Samet, "as provas, que continuam a acumular-se, são suficientemente fortes para justificar uma classificação de nível 2b", que é um dos cinco níveis que define os produtos 'possivelmente cancerígenos para os seres humanos'.


"O grupo de trabalho definiu esta classificação com base em estudos epidemiológicos que demonstram um risco acrescido de glioma, um tipo de tumor cerebral, associado ao uso de telefones sem fios", afirmou Jonathan Samet.


O responsável explicou que a classificação 2b significa que "pode haver risco e que é preciso acompanhar de perto a relação entre o uso de telefones portáteis e o risco de cancro".


Os especialistas analisaram todos os estudos que já foram publicados sobre o assunto. No entanto, de acordo com o diretor da agência de investigação do cancro da OMS, "é necessário que sejam realizadas novas pesquisas sobre a utilização intensiva, a longo prazo, dos telefones portáteis".


"Enquanto se aguarda por novas informações, é importante tomar medidas, com o objetivo de se reduzir a exposição (às ondas)", disse, sugerindo a utilização de kits mãos-livres e o uso de sms (mensagens de texto).

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